Hoje eu posso
Posso escrever ou fazer qualquer coisa que me vem na mente,
De repente com ou sem vertente,
Sem freios meu intimo dispersa, com sobras, as sombras tidas,
Vida que foi cerceada por vícios indigestos a mim oferecidos,
Absorto em falas próprias, sucumbi diante da insegurança,
Falsos meus ouvidos que me traiam com pseudas esperanças,
Legitima vontade que abafada fui ao amor,
Criatividade impar que se foi,
O mundo gira na roda da minh’alma,
Os anos passam na maturidade que bate palma,
Críticos que me açoitavam se calam solenes,
Talvez o medo de me sobressair mesmo sentado num alpendre,
Feliz e liberto da observância que me fatigava,
Dou de ombros e digo que hoje posso voltar a amar e criar,
Deus onipotente que me guarde e proteja diante dos céus,
Deixarei a cada dia futuro. muito mais que outrora, meus pensamentos em quaisquer papéis...
Eduardo Gragnani