À beira (a)mar
Eu,
onda querente
de puro amor,
respondo ao mar bravio
acolhedor...
que quando me levanto
para lhe beijar,
minhas águas se fundem
com o seu (a)mar;
Nosso ato,
nossa paixão
acontece
tal qual rebentação;
quebrando ao meio
as pedras,
que petrificavam meu coração...
Hoje,
os grãos de areia,
são nosso leito...
nosso calor...
Sobres eles
fundimos as águas;
Embevecidos
de nosso amor.
Águas
que se completam...
correntes
de pré (a)mar;
fascínio
que ninguém rouba...
duas fontes
à transbordar...
Eu,
onda jorrando...
você,
meu doce lar;
me entrego
aos teus pés
como num beijo
à beira (a)mar.