Sobre AMAR...
Há sentimentos que não cabem no peito, não por sua "grandeza", mas porque moram em tantos lugares, que não se sabe de onde vêm, e nem para onde vão. Uma vez alimentados, tornam-se obsoletos, efêmera é a sua "sustância".
Há conquistas que se ganham na "perda", já dizia o poeta. Afinal, o valor das coisas está no sentido que damos à elas. Assim, a beleza de uma alma sensível integra vida em qualquer circunstância.
Há paixões que exalam no corpo vontades cruas, carnalizando aquilo que a mente tenta sufocar, e tão logo o corpo reage, querendo brigar com suas fragilidades no intuito de vencer a guerra consigo mesmo, e tá tudo bem!
Há sensações prenssadas dentro de frascos já cheios de orgulho, fazendo definhar o elo entre o bem querer e o "tocar a alma". Porque doar-se vai além da vontade, é desprender-se antes de si.
O amor, não se compra numa "vendinha"; e em sua existência, não há monopólio que o faça "mesquinho" em doar-se, pois, o amor por si só é entrega; ele nasce, brota, tal qual, planta enraizada com adubo fértil.
Sim, o amor mora no zelo, no carinho, no cuidado.
Se o ato de cuidar e carinhar tornou-se sacrifício, ora, então deixou de ser amor.
Ouso dizer: é provável que jamais tenha sido amor!
O clichê existe, e há quem nunca o tenha compreendido... "Quem ama, cuida!"