Beije!
Beije!
O lábio solitário
ressequido de solidão
ao desvão caminha
em busca de outro lábio
outro lábio entristecido
sedento pra ser tocado
ao desalento vai
em busca de outro lábio
numa rua chamada destino
os dois lábio se avistam
mas seguem caminhando
mesmo querendo ficar
mas os olhos se avistam
e os passos fazem a volta
chegando ao mesmo lugar
onde queriam ficar
então os olhos se abraçam
os desejos se enlaçam
os lábios se umedecem
e o destino sorridente
diz: beije!
Rangel Alves da Costa
blograngel-sertao.blogspot.com