Borboletas mortas
Vieram do olhar de alguém
De encontro ao meu coração
Se alojaram em meu estômago
Me fazendo um turbilhão
Longe, elas ficavam quietas
Se demoravas, queriam partir
Te encontrando, felizes voavam
Me lembravam de sorrir
Abri portas, construí pontes
Que me levavam sempre a você
Porque elas me faziam bem,
E eu não queria te perder.
Mas o tempo foi cruel
Veio a nos afastar
As borboletas em meu estômago
Começaram a sufocar
Já não construo mais pontes
Já não existem mais portas
No caminho do nosso amor,
Tristes borboletas mortas.