AMOR

Guardei por um tempo as vestes da paixão terrena
Adotei como roupagem natural auras de luz
Mundo material não me dirige à paz suprema
Preciso do lenitivo espiritual que a Teu amor conduz
Viver atada ao ardor da carne, não sacia a alma.
Satisfaz o corpo, mas não preencho meu imo.
Há algo mais entre céu e terra, que acalma.
É força contundente que me impele ao cimo
O meu vazio, nas searas deste imperfeito plano,
Não obtém colheita fértil de frutos espirituais
Urge ser semeadora de grão fecundo e não profano
Nas sendas daqueles que habitam as hordas astrais
Ao Teu dispor, deixo-me levar, sou Tua serva.
De corpo e alma entrego-me ao trabalho espiritual
Tu me desta vida de amor luz, afastaste a treva.
Agora Te doou meu tempo livre ao amor fraternal