Amor e desapego




Aprendo todos os dias,
e cada dia, mais um pouco,
que amar é não se apegar,
mas conquistar, e cultivar,
sem medo de perder a liga,
porque a liga que liga o amor
à nossa mente e coração
não é a prisão,
mas, e mesmo, a libertação
da alma.


Quanto mais apego, num amar
desassossegado, que quer obrigar
o outro a estar lado a lado,
significa mais dor e sofrimento,
emoções que naufragam a alma
e deixam doente os corações.


Quero amar sempre mais,
e saber que, quem amo,
me ama por querer amar,
e ficar porque se sentiu feliz.


Amor obrigado não é amor,
é obsessão...


Pois, se apego resolvesse,
não estaríamos sempre
nos separando das pessoas
que mais amamos, pais, irmãos,
filhos, amigos; pessoas da lida diária,
que partem da nossa proximidade,
para viverem a própria vida
ou, para morarem na eternidade...


Amo, porque amar me faz feliz;
Amo porque amar me completa,
e me diz: - Vai, Maria, continua,
a vida é bela, e depois da queda,
vem sempre mais experiências
a serem degustadas, com alegrias.


Então eu sigo; sigo
confiante que o que sou,
sou porque Deus assim tem me ajudado,
levando no coração e na consciência
meu legado, que me faz melhor;
e nesse melhor, vou conquistando
minha liberdade de ser,
e me surpreender, com
o que mais tenho
a viver...


Tudo é passageiro,
menos o amor com que amamos
e somos amados, isso levamos!




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