Ciência Romântica das Palavras (Português)

Com exercício que se aprende...

Me surpreende,

quando você junta as sílabas

para proferir-me suas doces palavras.

Nos seus lábios

percebo escritas desconhecidas

que apenas quando os beijo,

aprendo esse novo idioma,

variável do adstringente ao doce.

Com minhas mãos

que deslizam por seu corpo,

meus dedos dedilham

por você, produzindo e compondo

partituras, notas e sílabas

complexas de pontuar.

Quando me despeço

volto para casa com interrogações.

Mas do momento que te vejo

ao momento que estou contigo

são apenas exclamações

que me fazem sonhar

com um infinito de reticências,

vírgulas, pontos e vírgulas e (dois pontos):

Te amo tanto que nem a morte será um ponto final.

Linguística nobre nos consome,

uma daquelas interrogações da meia noite,

é se realmente somos feitos para ser um ser social.

Sabe onde quero chegar? Sim, naquela que linguagem

de

todo

animal.

Adoro sua cara de safada, dizendo,

que eu sou mau, do mal,

mas a verdade é as-som-bro-sa-men-te

dotada de uma "intensão", (sim a intenção foi tensional),

quando percebemos que estamos ter-ri-vel-men-te apaixonados

por ato

da nossa vontade própria.

Somos pessoas inteligentes.

Até nosso 'nome' é próprio,

não somos carentes.

In-de-pen-den-te

me faz perceber

que um "você e eu"

é o mais bonito da gente.

Pronta para viver

aventuras tão bonitas?

Pois eu estou,

apaixonado como Peri.

Não é um debate semântico

sobre como devemos ou não

denominar sentimentos.

Sobre a matéria que numera

os graus da intensidade já falamos.

Se não conseguir dizer que é amor,

sabe que existem tantos sinônimos...

Que Deus nos defenda de todo e qualquer antônimo,

que venha operar contra essa oração.

Não as subordinadas sindéticas.

Mas aquelas que permitem meu discurso ser pronunciado

de forma direta.

Embora, às vezes,

Adoro te lançar ambiguidades

de forma indireta.

Vamos correr?

(Opa, pensei em espanhol, "coger")

Sujeito mais oculto

que a minha vontade de você,

acho que não existe.

E não vem chamar de irregular,

a saliência dos meus verbos

transativos, quer dizer,

transitivos,

abundantes de ligação

que craseiam

os "as" das flores verbais que lhe entrego

e enchem de vida o seu coração.

De regência nominal eu não entendo,

mas lhe convido para se entregar a regência

que alinha a frequência

do seu e meu coração,

por meio de concertos

que ainda precisam de corserto,

e consertados poderemos concertar.

JUNTOS consertar,

para JUNTOS concertar.

JUNTOS consertamos e concertamos,

para JUNTOS amar.

Você desconserta, os concertos dos meu coração.

Se o que sinto é amor,

eu não sei.

Mas não quero que seja 'não'.

Plenoamos em redundância

para dizer: Entra pra dentro da minha vida.

O que sinto por você

é mais que sem dúvida uma sensação sensacional

(Obrigado por esse termo Djonga).

Amor gramatical

@alexandre.cezarfh @carolmuss08

@prosasalexandrinas @pintura_e_poesia

Alexandre Cezar Fh
Enviado por Alexandre Cezar Fh em 11/01/2021
Reeditado em 20/01/2021
Código do texto: T7157523
Classificação de conteúdo: seguro
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