DUETO DE AMOR: Adeus/Volta _Carlos B.& Denise S.

NÃO ME DIGAS ADEUS

Tocam os sinos da Catedral Metropolitana,

esse som desafinado e melancólico anuncia

o fim dos nossos sonhos,

a morte das nossas esperanças,

nossa inesperada separação.

Assim quis o destino, punição tirana.

A paisagem ajuda a esconder essa melancolia,

que faz sangrar a minha alma ...

Que instala aqui no meu peito essa horrível dor.

Nossa separação pôs fim a felicidade deste dia.

Esse adeus não querido,

esfacelou meu sonhares,

deixou-me desconsolado.

Fez morrer a razão dos meus dias.

Aqueles dias de mil cantares.

Essa tormenta infernal,

em que me encontro submerso,

fez brotar em mim o pessimismo,

um sentimento de descrença.

A noite cai sobre a cidade,

as ruas já desertas,

os morcegos da solidão minha casa habitam.

As ervas daninhas sufocam as lindas roseiras.

De você resta infinda saudade.

Fico tentando entender o porquê de tudo.

Estou pensativo a espera de respostas,

mas ao invés disso, inúmeras besteiras.

Não acredito que esse adeus foi verdade.

Tocam os sinos da Catedral Metropolitana,

como se alguém comemorasse o que aconteceu,

estivesse debochando da minha dor.

Começo a me indagar:

Onde, tu estás meu doce amor ?

Continuam tocando os sinos da velha Catedral,

como se saudasse minha tristeza.

Oh!, por favor, volte para mim,

não me castigue com esse triste adeus.

Ah!, vida madrasta.

Outra vez sou vítima do destino,

Da Dama de Negro, Deusa da Vilania.

Tocam os sinos da Catedral.

Que anunciaram o adeus da minha alegria.

Do meu amor minha única felicidade.

Jamais vou me recuperar do trauma deixado por essa data

CARLOS Boscacci

Porto Alegre/RS

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VOLTEI, AMOR

Ao dizer adeus,eu fechei as portas de nosso amor

Fui buscar outros caminhos, sem avaliar

O quanto te fazias sofrer

Viajei à terras distantes, onde habitam as fadas

Magos, duendes, cavaleiros medievais

Não pensei que encoberto por vendavais

Teu coração perderia a ternura

Eu queria a aventura, pois minha alma é cigana

Fiz festa com outros amores, mas não havia cores

O sol apagou-se no momento que te abandonei

Falsas jóias, de poucos quilates, foram meu desatino

Deixei-me levar tal qual a correnteza do rio

Chegando ao mar percebi, meu engano

Ao ouvir o lamento dos sinos uivantes da Catedral

Compreendi meu triste pecado capital

E assumi meu erro existencial

Sei, querido, que me tens ainda amor

E apesar de toda a tua dor

Terás tu a grandeza de dar-me o teu perdão

Voltei, amor! Quero redimir meu deslize

Devolver-te a alegria perdida

E ser tua por toda a vida!

Denise Severgnini

Novo Hamburgo/RS

14/11/2005