POEMA - XXII -
                            Solano Brum

...Falo de ti às flores que eu cultivo
E as cores que bordam as madrugadas;
A suposta linha da distância que diviso;
E aos sinos das torres e suas badaladas!

Falo de ti as montanhas elevadas,
E ao solo fértil em que sempre piso!
Falo de ti às horas mais sagradas...
Ás contas do rosário, mil vezes se for preciso!

De ti, ao lago que tem a cor do teu olhar;
Ao vento ululante; ao mar que brame;
Ao sol que se põe, vermelho no infinito!

À minha boca, sedenta por ti beijar,
Ao meu silêncio de espera que me consome,
E a esse pranto abafado pelo meu grito!

                          = = = = = =

 

Essa Trova vem abrilhantar minha página, do Poeta Jacó Filho, o qual deixa-me lizongeado com sua  presença.

 

Falo de ti aos estranhos,

Pra ver se tenho notícia.

Da minha dor, me acanho,

Se alguém vem com malícia...

 

 

 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 05/12/2020
Reeditado em 22/03/2024
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