O HOMEM DE TERNO
És-me o todo em poesia;
Que ao declamares em perfume;
Te tornas o cheiro dos jasmins;
Que deixa-me embriagado por ti.
Ah! Tu lês meus lábios com beijos;
Porque eles cantam cantigas;
Que minha boca sente com o gosto;
Da tua língua adormecida.
Tu, ser-me-ás sempre a lua do meu céu;
A rasgares o véu da minha brandura;
Com teu corpo de mel em mim, o amor;
Que nos faz miragem primaveral.
Ó homem, dentre todos és-me tulipas;
Que o orvalhado dia veste-se de mar;
Num jardim apreciando nosso encontro.
Meu corpo o chama de desejos lascivos;
Por seres tu que vives no meu seio;
O verdadeiro sentido de se teres em nós.