SÓ LOUCO
Nos meus contos de fada;
Estás tu, belo e febril;
Quente como aguardente;
A banhar-me em fogo e brasa;
Porque és minha verdade;
E, assim, torno-me louco...
Dispo-me, em nu de virgem;
Pela lua em marte, quente;
Como o mar que esconde-me;
Então, pressinto, sinto...
E ao abrir a última página;
Estás tu em meu conto de fata;
Por sermos dois poemas;
O que trago e o que fumo.