DESCUMUNAL SAUDADE
Solano Brum
Ouço tua voz, ao longes, que me queres;
que a solidão a envolve em noites frias;
que choras o pranto de todas as mulheres;
E, que as cartas, perdem todas as magias...
Que nada aplaca a ânsia que tens no peito
de querer-me perto… Que teu olhar, no além,
vasculhando estrêlas, a sos, neste seu leito,
mede as distâncias, que nem nome tem...
Pois saiba amor, que açoita-me a carência
e bate forte no meu coração que clama
porque também chora, por tanta ausência!
Mas vibro de alegria que no meu peito arde,
por saber que breve, eu apagarei a chama
Que tem o nome de descumunal saudade!
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Para o texto da Poetisa ANIA, ao Soneto FICA COMIGO... T – 6746133, de 16/09/2020