Fome de Primavera

Mora na sua boca
meu riso de Primavera.
E a lágrima que me ocorre

fina

é a borboleta recém nascida
armando voo.
Pela primeira vez,
não cabem versos;
sobram sonhos
e o destemor:

toda a alma é à flor
do tempo,
como só corresse
o amor.

Porque na sua boca
o amor tem nome.
E é fome
de riso
de amor. 


 
Célia de Lima
Enviado por Célia de Lima em 20/09/2020
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