CONFRONTO NA CAMA

Deito com este corpo

Que sei não estar morto

Apenas desmaiado de prazer

Domado para não mexer.

Asma ofegante, claro!

Qualquer coisa astuta

Arte e manhas de mulher

Artimanha de puta.

Fêmea faminta, tantos zelos

Quando pintar os seus pelos

Esqueça o fio que nos deixa presos

Quero embaraçar meu poema em teu novelo.

Nada pode haver noutras artes

Noutras partes, é aceso o cio

Que me enche e afunda

Os lances largos desta bunda.

Acordo cedo

Para de novo te desejar

Insisto para ficar

Armo ardis para voce demorar.

Te espero de novo

Com hálito de menta

Um banho, um renovo

Já te vejo atenta.

Vem o desmaio do prazer

E ainda, não basta a ti.

Acho que deveria

Ter te deixado ir...

Tuas fantasias, marcas, murros

Desfia em meu pavio

Esvazia o meu vazio.

Ranço grudado em cada fio...

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 07/09/2020
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