Poema – Samael part 4
‘’Certa vez um arcanjo
que havia sido expulso do paraíso
isolou-se em um profundo abismo
a escrever Poesias
A sua solidão
era como a morte de um buraco negro
primeiro extinguia-se toda a luz que existia em seus olhos
depois suicidava-se
na mais terrível escuridão’’
O Amor havia desaparecido junto as suas asas
E durante oito séculos sua alma vagou em um abismo
Aonde os ratos serviam de alimento as baratas
Dizem que o amor desaparece
Após uma profunda ferida em seu coração
E que a cada segundo
Enquanto o sangue jorra das suas vísceras
És atormentado por uma terrível apatia
Desta apatia transformada em falsos amores
Samael e Lilith alimentaram-se durante séculos
Lilith havia sido trancafiada
Nos cárceres privados da sua própria mente
Enquanto Samael
Praguejava contra o amor que outrora
Havia sentido
Seus destinos estavam entrelaçados
E não importava o quanto ferissem um ao outro
Ou a distancia entre os seus corações
O cúpido encarregado de reunir suas almas
Sempre levantava-se com o bater das suas asas;
Lilith,
Coberta de arrependimentos
Correu em direção ao abismo em busca do seu arcanjo
Uma lápide repleta de flores mortas
Foi tudo que ela encontrou
Uma frase, esculpida em meio aos escombros
Encontrava-se a sua última mensagem
‘’- Eu nunca soltei as suas mãos.’’
Há uma lenda que vagou pelo Universo
Muito antes dos homens ou dos Deuses
Haviam duas entidades
Elas amaram-se tão completamente
Que o resultado deste infinito amor
Resultou em uma massiva explosão
Assim então nasceram as estrelas
As constelações, e tudo que hoje
Chamamos de universo
Os Sofistas acreditavam que estas duas entidades
Eram o Amor e o tempo
Duas poderosas forças capazes de superar
Os poderes da própria existência;
Quando Samael e Lilith encontraram-se
Pela primeira vez em suas vidas
Eram como se em seus olhares
E em seus beijos
O Amor em sua forma mais pura
Nascesse pela primeira vez em almas mortais
Mesmo após uma terrível separação causada pela vida
Eles se reencontraram novamente
Com o mesmo amor que sentiram pela primeira vez
O Arcanjo finalmente reencontrou a sua pequenininha
- Gerson De Rodrigues