Diário de uma paixão
Nunca acabará.
Com a força de uma catapulta meus sentimentos são lançados ao vento, grito tanto, que muitos revoam e voltam à mim alvejantes, por vezes num recado anuente. Vibro na nota que denota amor abrangente, rubro na vaidade que trás tua lembrança querente. Sim, sinto no ar teu úmido cheiro, teus desejos, um amor que à mim eternamente candeia. Sou poeta ao teu entusiasmo, sou artista no ânimo que te causa agrado, sou amante na tua imaginação que flui constante, algo delirante julgando destino, mesmo infame. Sigo só, meu berrante canta soprante, louco logro de um amor solto, na batuta da maestria de um ego rouco.