BRINCANDO DE AMAR

Abro o peito!

Não tem jeito.

Mais um engano,

meu coração é cigano.

Sob o céu de inverno

pensas que caminha para o amor eterno.

Tome uma taça de vinho ordinário,

macularei o linho do teu leito.

Alimento teu imaginário.

Acordarás antes que a noite se desfaça

há que se entender antes do amanhecer,

tua impaciência ante os segredos.

Fará-te inclinar-se arredia

diante do teu minúsculo reino.

E assim, entender os seus medos,

levanta-te pronta prá luz do dia.

Chora teu choro mais longo.

Larga, solta, viva a vida,

das coisas obscuras

veja como pode ser divertida.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 03/07/2020
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