LÁGRIMAS II
Os teus olhos
Como água
Sobre um rio de seixos
Teus lábios
Molhados
Em teu rosto talhados
Quanto às lágrimas
(acho que são falsas)
Apesar dos sulcos
Que rasgam o teu rosto
Ali do outro lado da duna, o mar
e a inexplicabilidade das coisas.
A confluência dos rios,
permanece nos sulcos do teu rosto.
O pouco de mar guardado nos teus olhos
O segredo do teu riso sulcado
A sabedoria eterna de seus gestos
Fizeram-te
A minha alegria
A minha loucura
O limite do meu desejo
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