Quero
Na sombra espatódea
Do tempo
Eu vi o vento
Varrendo o telhado
Lambendo
As folhas secas
E adormecidas
Sobre a calha
Serenada da lua
Quarto crescente
Da minha
Imaginação.
Penúltima fúria
Algoritmos
Da minha liberdade.
Aglutinação
De todo o meu Bem
E eu batizo
A minha vida
Com uma gotinha
De orvalho
Debruçada
Na concha generosa
De um viçoso lírio.
Nada é tão
Circunstancial
É tudo muito
Propício.
Um assoalho gentil
Reverberando
As bentas fendas
Audaciosas
Dos meus costumeiros
E infindos
Sentimentos.
Daniel Gomez.