Quero

Na sombra espatódea

Do tempo

Eu vi o vento

Varrendo o telhado

Lambendo

As folhas secas

E adormecidas

Sobre a calha

Serenada da lua

Quarto crescente

Da minha

Imaginação.

Penúltima fúria

Algoritmos

Da minha liberdade.

Aglutinação

De todo o meu Bem

E eu batizo

A minha vida

Com uma gotinha

De orvalho

Debruçada

Na concha generosa

De um viçoso lírio.

Nada é tão

Circunstancial

É tudo muito

Propício.

Um assoalho gentil

Reverberando

As bentas fendas

Audaciosas

Dos meus costumeiros

E infindos

Sentimentos.

Daniel Gomez.

Dangomez
Enviado por Dangomez em 30/06/2020
Código do texto: T6992410
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