GALOPE MOLHADO
Intimidade do encantamento
Do transbordamento do encontro
Vulcão de seus olhos em êxtase
De cair na rede do esconderijo a sacudir
Com a janela aberta desnorteada para o céu
Rede no aconchego suave estimulante
Ondulante na varanda entreaberta perfurante
Fazer amor nos lugares incomuns
Na cadência erguida vibrante saliente
Galope em seus campos molhados escoados
Eu vi aguçar a vontade desatada como oferenda
Do leite tecido em seu repouso mansamente
Inundando com minhas sementes na tua fonte
Beijos de fogo de olhar anelante levemente
Escorre da matéria úmida do teu ser
Galopando no amor fugidio molhado
De Fernando Henrique Santos Sanches - O Poeta das Almas - Fernando Febá