GALOPE MOLHADO

Intimidade do encantamento

Do transbordamento do encontro

Vulcão de seus olhos em êxtase

De cair na rede do esconderijo a sacudir

Com a janela aberta desnorteada para o céu

Rede no aconchego suave estimulante

Ondulante na varanda entreaberta perfurante

Fazer amor nos lugares incomuns

Na cadência erguida vibrante saliente

Galope em seus campos molhados escoados

Eu vi aguçar a vontade desatada como oferenda

Do leite tecido em seu repouso mansamente

Inundando com minhas sementes na tua fonte

Beijos de fogo de olhar anelante levemente

Escorre da matéria úmida do teu ser

Galopando no amor fugidio molhado

De Fernando Henrique Santos Sanches - O Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 16/06/2020
Reeditado em 16/06/2020
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