Fim de madrugada
A ociosidade campeia generosa,
Quanto se pode querer e ter,
Lençol sem par,
Amargo destino ruído e vulgar,
A ansiedade queima e arde intensa na alma,
Fole que sopra quente na própria palma,
Faço versos matutinos,
Sinto a lua ainda esbanjando carinho,
Sina oculta que apaga sonhos,
Sentimentos que iludem uma memória surda,
O encontro de almas,
Querer e ter algo mensurável,
O concreto voa líquido,
A imaginação brota sólida,
Mas a vida vinga insólita.