SEUS OLHOS
Que água tão funda
Cheia de ossos
Negra e distante
Dos meus e nossos.
Porque há viveres
Tão divergentes
Que nem sonhamos
Acontecentes.
Que águas tão negras
Entre esses cílios
Fitam paradas
Calando idílios.
Que move os gestos
de sua dona?
Impenetráveis
De linda tona
Ah! Que organismo
Tão semelhante
Mas diferente
E tão distante!
Água parada
Dos igapós
Que é tanto ela
Tão pouco nós!
T@CITO/XANADU