DEPOIS DE TANTO AMOR...

Trocando olhares

No silêncio do Silêncio

Rompido por um sussuro.

Múrmúrio de doce paixão.

Promessas de amor

Eu te amo, eu te amo.

É o bordão que ressoa

É a alma que ecoa.

Até o silêncio é dito em versos

Versos de amor dolente

Dissolvem sem ser canção.

Sono morno e quieto

O abraço do cansaço

Um poema de sossego.

Pela janela aberta

Misteriosa escuridão...

Há música no fundo

Camuflada nostalgia

Palavras, murmúrios, segrêdos

Memória de era intemporal

Magia da lembrança

Nesga de tempo...

Mente em tentativa de mergulho

Impossível, mais leve que o ar.

Durmo meu sono letárgico

Posso acordar e não ser amanhã

Ser ontem ou futuro distante.

Não quero ir

Preciso ficar

Não pára aqui, o amor não termina

Apenas o velho relógio

Avisa que é madrugada.

(Verbo é ser...é silêncio!)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 22/05/2020
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