Tudo que era
Viajante nesta vida
Andando em terras perdidas
Entre luz e escuridão
Tropeçando pelo caminho
Rasgando a pele nos espinhos
Na mais triste solidão
Foste tu estrela guia
Que em minha fronte se erguia
E de repente eu já não via
Era apenas bruma, o que me cobria
Fostes a razão de meus sorrisos
O que a meu peito enchia
Um turbilhão de sentimentos
Que a tudo coloria
Rasgo o meu peito
Na busca por um jeito
Que me arranque da escuridão
Sei não sabes
Não se deu conta
Quando a porta fechaste
Ali também enterraste
O meu pobre coração
Não te peço pra voltares
Se foste já não me tinhas
Tua volta consumiria
A minha perdição
Rasgo o peito pra arrancar-te
E na dor possa esquecer
Que se ao peito fiz sangrar
O fiz por você
Antes eram as tardes
Bronzeadas na alegria
Hoje o que invade
É tristeza e melancolia
Mas tudo passa
Foi a frase daquele dia
E daqui a algum tempo
Seja luz ou seja trevas
Serei eu uma memória
E você uma quimera