Tudo que era

Viajante nesta vida

Andando em terras perdidas

Entre luz e escuridão

Tropeçando pelo caminho

Rasgando a pele nos espinhos

Na mais triste solidão

Foste tu estrela guia

Que em minha fronte se erguia

E de repente eu já não via

Era apenas bruma, o que me cobria

Fostes a razão de meus sorrisos

O que a meu peito enchia

Um turbilhão de sentimentos

Que a tudo coloria

Rasgo o meu peito

Na busca por um jeito

Que me arranque da escuridão

Sei não sabes

Não se deu conta

Quando a porta fechaste

Ali também enterraste

O meu pobre coração

Não te peço pra voltares

Se foste já não me tinhas

Tua volta consumiria

A minha perdição

Rasgo o peito pra arrancar-te

E na dor possa esquecer

Que se ao peito fiz sangrar

O fiz por você

Antes eram as tardes

Bronzeadas na alegria

Hoje o que invade

É tristeza e melancolia

Mas tudo passa

Foi a frase daquele dia

E daqui a algum tempo

Seja luz ou seja trevas

Serei eu uma memória

E você uma quimera

Gabriela S V
Enviado por Gabriela S V em 15/05/2020
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