Foi Num Dia...

Foi num dia inesperado quando o vi pela primeira vez, o meu coração disparou... Senti naquele momento que aquele era o poeta que minha alma procurava... Olhei em seus olhos que instantaneamente foram donos de todo o meu ser... E ja me prenderam para sempre dentro do seu olhar e do mundo de encanto e sedução. Nossos olhares fixos, nossos corpos reagindo e eu, com o coração acelerado e mãos frias, ouvi pela primeira vez sua voz de canto à me dizer: Desculpe-me a ousadia, mas por onde voce andava, princesa? Há muito tempo eu procurava você. E eu, tomada pela timidez e com a voz embargada, lhe disse: Não consigo lhe dizer nada agora.

E um silêncio se fez presente entre nós... Ele beijou minha mão e sorriu encantadoramente e convidou-me a sentar. Enfim eu falei: Você também é o principe e poeta que minha alma tanto procurou... Ele sorriu e falou: Eu sabia. E nossos olhares novamente trocaram carícias, segredos e tantos enigmas indizíveis com palavras... E assim, um grande e sublime amor brotou em nossos corações. Foi tudo tão lindo e intenso. Dias de Glória, passamos juntos. Assistimos tantas vezes o por do sol e esses, se eternizaram em nós. Contemplamos juntos o luar... Escrevemos tantos versos em cadernos, desehamos juntos um mundinho lindo para nossa filha, que imaginávamos ter quando casássemos, pois já pensávamos em casamento em tão pouco tempo, sentamos muitas vezes embaixo de uma árvore no quintal e à nossa frente, uma fogueirinha. Ele me olhava, com aquele olhar tocante e sedutor, um olhar de sol poente com rubros raios de paixão e eu viajava pelo seu universo misterioso, atraente e alucinante, me perdida em seus encantos e em delírios me sentia febril de tanto amor, tanto querer... Ele continuava ali tocando o seu violão, enquanto cantávamos juntos as músicas que mais curtiíamos. Muitas vezes quando íamos assistir o por do sol eu contemplava o meu poeta, meu príncipe misterioso e tão lindo! Sentado ali ao meu lado, sob as rubras cores do sol poente. Tudo parecia mistério. Seu olhar, as vezes era de eternidade e ao mesmo tempo de fulgor, havia serenidade e paixão e as vezes pareciam marejados, como se estivessem revoltos, mas logo nadavam teanquilos em um lago sereno. O nosso amor era poético sublime e encantador. Porém o que parecia ser eterno, como um relâmpago tudo passou. E ele já não estava ao meu lado, os desígnios da vida o tirou às pressas para um outro mundo, outro destino, o qual era terrível para ele. E ele apenas me olhou Dizendo: Me perdoa princesa, me espere, nada acaba aqui, nosso amor é eterno... O vi partindo... E ali, partiu-se também o meu coração. E por ironia do destino nunca mais nos vimos, perdemos-nos um do outro. E assim, foi nossa rápida, mais tão profunda e sublime história de amor. Nossos escritos ficaram em cadernos que também se perderam nas muitas idas e vindas, da minha vida... Digo, porém que esse amor ficou tatuado em minha alma e jamais esquecerei aqule sublime poeta, meu grande e inesquecível amor... Seu nome: Alam Kardec Martins Gonçalves

Kainha Brito

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