Poema — Samael part 3

Poema — Samael part 3

‘’Certa vez um arcanjo

que havia sido expulso do paraíso

Isolou-se em um profundo abismo

a escrever Poesias

A sua solidão

era como a morte de um buraco negro

Primeiro extinguia-se toda a luz que existia em seus olhos

depois suicidava-se

na mais terrível escuridão’’

Nas auroras do tempo

Aonde os cupidos escreviam canções de amor

Uma terrível tempestade devastou todos os filhos de Deus

E como em um piscar de olhos

Todo o amor que havia no mundo

Desapareceu-se por complexo

Lilith,

Praguejou contra o Arcanjo

Quebrando o seu coração

E partindo as suas asas

Samael isolou-se em um esgoto

Cercado por ratos e baratas

Aonde nem mesmo a luz do Sol poderia tocá-lo

Não demorou muito,

Para que a escuridão voltasse a assombrar os seus corações

Pois quando você passa muito tempo no abismo

A sua alma morre a cada segundo

Suas lágrimas tornaram-se negras

Abraçando as próprias pernas

Chorou por seis dias, e seis noites

No sétimo dia

Desacreditou-se do amor

E repousou seu coração em uma escuridão sem fim

Aceitando a solidão como a sua única companhia

Lilith havia o esquecido por completo

Como se todas as noites em claro

Em que suas asas a protegeram da escuridão

Não significassem absolutamente nada

A dor se transformou em angustia

E a tristeza em uma terrível tragédia

Ele se envenenou com as suas próprias poesia;

Na primeira noite,

Deus veio visitar o seu corpo

Na manhã seguinte

O Diabo o trouxe flores

Cinco anos depois

Lilith encontrou uma carta

Escondida dentre os seus livros antigos

‘’ Algum dia os cupidos irão de morrer

E o amor deixará de existir

Neste dia segurarei as suas mãos

Até que encontre no calor dos meus braços

Todo o sentimento que durante anos cultivei por você

Ainda que na ausência do Amor

Construiremos estruturas mais sólidas

Que os portões que separam o céu, da terra.’’

Lilith,

Coberta de arrependimentos

Correu em direção ao abismo em busca do seu arcanjo

Uma lápide repleta de flores mortas

Foi tudo que ela encontrou

Uma frase, esculpida em meio aos escombros

Encontrava-se a sua última mensagem

‘’- Eu nunca soltei as suas mãos.’’

- Gerson De Rodrigues

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 22/02/2020
Código do texto: T6872175
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