Inconsequente
Tão inconsequente
Nossa lábia que desenrola,
Tretas que deixa o peito quente,
Ignora não dá,
Mesmo que a gente tente,
Sempre damos bola.
Porque nesse prosa
Que a gente mora
O amor aflora
Com paus e pedras,
Ou toda pluma do mundo
Nesse universo de rosas
Tão grande, mas não é dois,
Todavia quando o clima fica mudo
A saudade aperta ora pois.
Nem toda garra que nos marca
Alonga nossa distância,
O carinho que nos entrelaça
Desfaz toda implicância
De tanta petulância
Que tenho por te irritar,
Só por simplesmente te amar.
As vezes no calar da noite
Sem deixar que alguém note
Começo a sussurrar
Como queria estar,
Debaixo de uma sombra de macieira
Com minha companheira,
Eu no violão e ela na voz,
Combinação perfeita
Como feijão e arroz,
Mesmo que disfarce
Não tente evitá, apenas aceita
Dessa moeda sou coroa e tu a face.