Primavera
Ontem, por bem jovem que fora,
Quase nada do velho mundo, julgava.
Por ser tudo novo para mim, quase tudo me assustava.
Entre o Céu e do Mar,
De início, quase que sobre tudo, concebia ideias vesgas,
Assim, por temor formado, temia as grandes vagas.
Entre o ígneo Sol e a pálida Lua,
Encontrei teu maravilhoso olhar,
A Iluminar-me, ensinaste-me a amar
Hoje, pouco me importa que chegue o Verão.
Importância, quase que nenhuma, dou ao Outono,
Mas, algum temor hei de ter, pois, há de chegar, o inevitável Inverno...
E a Primavera? — Dela te esqueceste? Não minha querida!
Poderia me esquecer de ti, de quem tenho recebido tanto calor e luz?
Razão do meu viver, que há trinta e nove primaveras me seduz.
Na primavera de 1973, te conheci, minha querida esposa.
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