PECADOR
Solano Brum
Tento, firmar em vão, meus impulsos normais
mas, o coração, é mais rebelde que imagino!
Digo para mim: Não. Não quero vê-la mais
E, ao olhá-la, juro, ao vil pecado, me inclino!
Ao cair da tarde, eu escuto o badalar do sino
E as filhas de Maria passam; todas são iguais!
Ao findar da Ladainha, perante o altar divino,
curvam-se, submissas, segurando os castiçais!
Meu Deus! Eu sei que não sou merecedor
de quem, já viera a esta vida, predisposta
à vocação aos votos de Esposa do Senhor...
Mas, fico tentado, amando somente a uma
que passa e me olha e segue, de mão posta,
sem me mostrar seu coração, na fina bruma!
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Quem… - Mas respondam-me com franqueza, nas interações dos poetas deste nosso Lindo Recanto, - não amou uma Filha de Maria – como o Poeta amou, na poesia acima?