O que ficou no papel
Admira-me tua sofreguidão de amor
O verso magestoso sob o clarão
De quem pranteou amores
E conservou vivaz
Memória dos sinais
Quisera ser mais que um sedutor
E permitir que teu versar com a vida
Tornasse em mim fonte
Acontece que faz parte da nossa escola
O sofrer por uma coisa sem lógica
Nossas vestes denunciam
Uma tonalidade gótica
Já não digo como antes
Quando os pássaros cantavam, amantes...
Sofri passar o tempo.
Padeci o senho franzido
Senti o mistério findo.