Poema – Adeus & desculpa por existir

Poema – Adeus & desculpa por existir

Eu entendo que estejam feliz

Não se importem com as minhas lágrimas

Logo eu irei embora

E todos vocês podem continuar sorrindo...

Ah...

Eu tentei,

Eu tentei com todas as minhas forças

Fazer o amor da minha vida

Se sentir especial

Mas por algum momento eu esqueci

Quem eu realmente era

Um verme...

Que jamais poderia ser amado

Não posso sentir raiva ou ódio

De nenhum de vocês

Afinal,

Eu não deveria ter vindo a este mundo

Me acostumei com as lágrimas

Escorrendo pelo meu rosto

A solidão me abraçando

E todos indo embora no final (...)

É como uma daquelas lindas canções

De algum musico que se matou aos vinte e sete anos

Com toda aquela dor contida em gritos desesperadores

Fluindo naturalmente

Em uma sinfonia triste e agridoce

Eu já me acostumei com o adeus

Também me acostumei com a morte

Só me pergunto todos os dias

Por que eu não mereço ser feliz?

Como todas as pessoas são

As pessoas nunca pensam duas vezes

Antes de me dizer adeus

Mesmo quando eu me esforço

Para faze-los ficar...

Talvez eu seja apenas um objeto a ser usado

Uma máquina sem importância

Que quando cumpriu o seu papel

É descartada sem nenhum remorso

Eu queria ser feliz

Ter uma família e filhos

Acordar com um belo sorriso ao meu lado

Sempre sonhei em ter uma filha

Como eu fui tolo...

Uma criatura imprestável como eu

Que foi abandonada por tudo e todos

Merece a solidão e uma morte vazia

Sabe?

Às vezes eu me pego pensando

Eu deveria me matar?

E acabar logo com essa agonia

Ou simplesmente continuar sonhando

Que algum dia alguém vai me olhar nos olhos

E me pedir para ficar?

Hoje a solidão me assusta

Me sinto carente e sozinho

Mas eu entendo...

Talvez eu mereça tudo isso

Eu não sou uma boa pessoa...

- Gerson De Rodrigues

Gerson De Rodrigues
Enviado por Gerson De Rodrigues em 10/12/2019
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