Poema – Solitude & Depressão
Poema – Solitude & Depressão
Há um demônio que vive dentro de mim
Todas as vezes que eu tento ser eu mesmo
Ele machuca as pessoas que eu amo
Então sou obrigado a fingir
Ser outro alguém
Aqueles que realmente me conhecem
Me olham com olhar de ódio e repulsa
Mas eu não posso culpá-los
Quem amaria um monstro como eu?
Tentei me esconder na solidão
Mas a depressão fez de mim
Vítima da minha própria doença;
Corri em meio a florestas
Atormentadas por bruxas e demônios
E pela primeira vez me senti em casa
Todas as manhãs ascendo velas
Para o diabo
E ele me conta histórias fantásticas
De um lugar repleto de luz
Aonde a minha escuridão
Não pode ferir ninguém;
Há uma criança tímida que vive
Dentro de mim
Tudo que ela queria fazer
Era amar e sorrir como uma pessoa normal
Mas quando olham diretamente em seus olhos
Eles veem apenas o demônio
Que tenta se esconder em meio as suas lágrimas
Hoje a única pessoa que eu acreditei
Que me amava
Disse que eu havia mudado
Ela finalmente descobriu quem eu realmente era
Sei que em algum momento ela irá embora
Como todos fazem
Mas eu não posso culpa-los...
Quem iria amar um monstro como eu?
Eu tento do fundo do meu coração
Ser uma boa pessoa
Mas até mesmo a minha forma de falar
Acaba ferindo aqueles que se aproximam de mim
Acredito fielmente
Que eu deveria me enforcar
Enquanto todos dormem
E deixá-los
Somente com as memórias
Do homem que eu nunca fui...
Mas há uma criança tímida
Que vive dentro de mim...
E tudo que ela queria fazer
Era sorrir e amar como uma pessoa normal
Mas por que?
Oh deus!
Por que?
Vocês não conseguem enxergá-la?
Tudo que veem é um
Demônio solitário
Clamando por um pouco de amor...
Me desculpem!
Por favor me desculpem
Por ter nascido!
Eu prometo que eu vou concertar
Esse erro algum dia...
- Gerson De Rodrigues