MÚLTIPLAS FACES (Quantas máscaras tua alma tem?)

Quantas máscaras

Tu cultivas em todas as tuas faces

No limiar daquelas cálidas tardes

Nos teus despropósitos, sem alarde?

.

No início das noites

À sombra do silêncio das estrelas

Apresenta-me teu corpo de mulher

Me envolve em carícias

Me devolve as delícias

Que em tuas lascívias

Deixas-te guardadas

Para o orgasmo das horas tardias

.

Mas no dia seguinte

Amanheces em mim

A tua menina

A doce purpurina

Que colores de ternura

O preto e branco

Do meu corpo e coração, tão sós

Famintos e sedentos

Pela seiva dos últimos lençóis

.

O teu rosto

É a arquitetura dos labirintos

Nos quais meus desejos primitivos

Teimam em se perder

.

Mas que tu reconduzes

À candura dos primeiros raios de sol.

Quando o definhar da madrugada

Descortina a metamorfose

Na qual o teu corpo te entrega

.

E sendo assim,

Convenço-me. da multiplicidade

Dos teus sorrisos

Da versatilidade do teu olhar

Que no espreguiçar do dia

Oferece-me na sua forma mais terna

.

Mas quando o sol

Se recolhe ao leito da lua ausente

Tua boca e teus olhos se insinuam

E se descortinam na forma mais libertina

Que o meu verso mais impudico

Ainda não soube desvelar

.

Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 07/11/2019
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