MÚLTIPLAS FACES (Quantas máscaras tua alma tem?)
Quantas máscaras
Tu cultivas em todas as tuas faces
No limiar daquelas cálidas tardes
Nos teus despropósitos, sem alarde?
.
No início das noites
À sombra do silêncio das estrelas
Apresenta-me teu corpo de mulher
Me envolve em carícias
Me devolve as delícias
Que em tuas lascívias
Deixas-te guardadas
Para o orgasmo das horas tardias
.
Mas no dia seguinte
Amanheces em mim
A tua menina
A doce purpurina
Que colores de ternura
O preto e branco
Do meu corpo e coração, tão sós
Famintos e sedentos
Pela seiva dos últimos lençóis
.
O teu rosto
É a arquitetura dos labirintos
Nos quais meus desejos primitivos
Teimam em se perder
.
Mas que tu reconduzes
À candura dos primeiros raios de sol.
Quando o definhar da madrugada
Descortina a metamorfose
Na qual o teu corpo te entrega
.
E sendo assim,
Convenço-me. da multiplicidade
Dos teus sorrisos
Da versatilidade do teu olhar
Que no espreguiçar do dia
Oferece-me na sua forma mais terna
.
Mas quando o sol
Se recolhe ao leito da lua ausente
Tua boca e teus olhos se insinuam
E se descortinam na forma mais libertina
Que o meu verso mais impudico
Ainda não soube desvelar
.
Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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