VESTIDA DE LUA

Olhar-te ei com a lente

De todo o meu amar

Ela alcança uma magnitude

Um nível fluorescente

Que a retina, carente de luminescência

Não consegue captar

Que se propaga acima de toda a altitude

Que extrapola o sentido da transparência

Que você rouba quando se apropria do luar

Meus sonhos vagueiam no rastro de luz

Para aquilo que intensamente me seduz

De um jeito mais brilhante no fundo do olhar

E como esses devaneios

Se lançam e insistentemente avançam

Às dimensões que apenas se alcançam

Entre as utopias e os fictícios maneios

Que se substanciam apesar dos receios

Aos meus versos e todos outros alheios

Desta forma é, pois

O retrato deste agora

Do antes e depois

Que pinto a toda hora

Para você, menina, que se insinua

Ao despir-se no alto da minha rua

E quando, inocente se faz nua

Vem, sedutora, vestida de lua.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 07/09/2019
Código do texto: T6739259
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