À ESPERA DA BRISA
Tu és a brisa que passa distraída
- num eflúvio de ternura -
Disseminando embriagador sândalo
de jasmim.
Permeando cântaros multicores
E jardins de mistérios e encantos,
Traz primícias que fascinam
De um amor que não tem fim.
Eu sou um pobre arvoredo
Que pressente a tua vinda
E ao sentir tua presença
Se agita em pêndulo
Revestido de alegria
Pois não sabe viver sem ti.
Vivo assim a minha sina,
Em rítmo de longa espera
Distraindo as intempéries
No íntimo mais perolado
Do meu amor sempiterno.