CASTELO EM ÁGUAS DE PAPEL
I
Eu pinto sua imagem nua;
Na rua crua de papel;
E o fogo da fogueira da paixão;
Deita-se no chão queimado em cinzas;
Porque tu és meu torrão.
II
Então, a fumaça se esvaindo no ar...
Penso em lê-lo, Interpretando-o;
Abro o livro sobre a água;
Vejo-o viva no vácuo;
Busco-o e encontro-te.
III
Tu és amor que não destrói;
És-me tu serenata de letras;
Que ao espertar na chama;
Nós nos consumimos;
E onde o breu se esconde;
Nós somos levados ao mar;
No adeus as ilusões...
Num castelo de poesia;
Por sermos um refrão;
Um bela nostalgia.