CASTELO EM ÁGUAS DE PAPEL

I

Eu pinto sua imagem nua;

Na rua crua de papel;

E o fogo da fogueira da paixão;

Deita-se no chão queimado em cinzas;

Porque tu és meu torrão.

II

Então, a fumaça se esvaindo no ar...

Penso em lê-lo, Interpretando-o;

Abro o livro sobre a água;

Vejo-o viva no vácuo;

Busco-o e encontro-te.

III

Tu és amor que não destrói;

És-me tu serenata de letras;

Que ao espertar na chama;

Nós nos consumimos;

E onde o breu se esconde;

Nós somos levados ao mar;

No adeus as ilusões...

Num castelo de poesia;

Por sermos um refrão;

Um bela nostalgia.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 02/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6710407
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