As palavras gastam
As palavras gastam
Atravessei um rio e desabitado fiquei ,de ti, e dos dias,que não são!
E sitiada das palavras que ecoam do mesmo peso do abismo,
Sua nudez na estrutura das palavras, essas ficarão;
O cio do seu desgaste e do teu sustento, me amplia! Cesso!
E meu amor, por mais convulsa que seja a vida,são mais ternos
Amor não vale o amor e ninguém solta o princípio do efêmero;
Em grandes calçadas pisam, e as pedras que se soltam _sangram!_
Atravessei porta, relógio de ponteiro pingando o nosso tempo,
É uma navalha que faz talho no peito, como na poesia de amor!!
Nessa ânsia de existir, você e eu, vingamos nossos corpos,
Nosso ofício, e nosso exílio, na hora em que Deus nos pensa,
Sua demanda vê as frestas,então geramos grãos dessa nona hora!!
E de tão amarga a vida,vou onde a semente é posse,sem ti,
Meu amor,sou de onde arado vai o arado na sede de plantar,te amo!