Era ela na janela


E era uma fome,um clausto,um cio,na janela,na cama,no abraço!
E dela não pouso nem cesso,escureço,me atavio dela!


Todas as fendas,eram a vida ,o corpo dela a entrar,passear em mim!
E era dela a avenida,e a flor de ipê esquecida,natimorta na calçada!

Qual era o cheiro dela,era capim cidreira,camomila de beira?!
Me gira,me respira dela,me incendeia,e ainda diz que rio!

Coração meu dela disparado,me aperta o passo,na carne sua,toda a vida,
Dela o mesmo espanto,mesma gula,remanso,e acredito dela ser rio!!
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 05/07/2019
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