HOMENS DE COR
Eu...
Pelo simples mérito, eu...
Esse 'eu' que tanto aflora e deflora
A carne fria, vulgar! Fugaz! Tenaz!
Que se locupleta entre os egos turvos de se ter
No meu ser, o teu eu em ter-me...
Macio em viva morte dos sentidos
Cheiroso! dengoso! inebriante! caloroso!
Prazer de teres fático
Em termos plurais, nunca vulgar, por nada...
Na frenética vontade do eu quero
Tu sabes o querer nas partes doces
Dos corpos que busco e buscas
Que leva-nos ao caos da cama sacro-santa
Desvirginado egos entre dois
Que no coito unidos estará
Perpetuo em atos
Para nunca dizer adeus, até logo!