DESTILAÇÕES

Acende a lua clandestina,

dispa-se por detrás do espelho,

cante um canto, bem devagar,

para não despertar a adrenalina,

expulse do rosto, o vermelho,

convite a vida para entrar,

dance descalça, desperta

a manhã que entrou em meu ego.

voe um voo cego em volta do lustre,

erre da forma mais certa,

não se exponha no catre,

amordaça a cavidade oral,

desligue a claridade, sensual,

monte peça por pedra,

a intimidade interior,

capte as ondas sonoras,

( abra a caixa de Pandora)

cogite ir ao cinema lacrado,

quem sabe ocupado

por moscas, gastos chicletes.

Vida farta de vacilos.

(gustavo drummond)