Idílio [in]acabado
Nada sabes,
nada sabes de mim...
Ignoras a poesia incontida
que acalenta minh’alma
e as palavras que dedico
ao arrepio da pele...
Nada sabes,
nada sabes de mim...
És alheio ao perfume
que exala inebriante
dos desejos contidos
nos incontidos sonhos...
Nada sabes,
nada sabes de mim...
Desconheces a fiel verdade
dos cabelos brancos
que sábios se misturam
ao negrume dos teus...
Nada sabes,
nada sabes de mim...
Não alcanças a boca vermelha
que murmura beijos
e nem a ilusão interna
que se faz eterna...
Nada sabes,
nada sabes de mim...
A não ser que tremo
ao abraço inocente
e desfio na flor do sorriso
um desejo virgem...
Nada sabes,
nada sabes de mim...
E, porque não me sabes,
ou não me desejas saber,
jamais penetrarás o paraíso
indecifrável da minha fantasia!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Piquete, 1° de maio de 2019 - 23h18