Casaco Preto
Casaco Preto
De onde vieste tua alma,incessantemente presa aos pés?!
As avenidas já se foram ,meu bem,e a luz neon ;É tarde,querida;
Aqui tem botijas e água de poço,e tem pomar de romãs!!
Essa consciência de enegrecida rua,descansa em mim;
Sempre a solidão íntima desses utensílios de vida,nada joga ao teto,
E sempre espantam,cotovias, pardais e beija-flor do sabugueiro!!
Fica em mim,meu bem,enxuga as rugas, e o beijo turvo,descanse;
Se aqueça;Empresto-te algo que infinitamente sofres,tenho vinhas!!