ABSTINÊNCIA... de ti....

Neste meu afã de querer-te,

as vezes esqueço de mim...

Neste meu querer improvável,

vou vivendo desse jeito, assim...

Num meio que eterno esperar,

numa certeza de não ter,

numa esperança de ter,

num esperar que aconteça...

Então vou levando minha vida,

dum jeito só, solitário, mas

não triste, porque meu interagir

persiste, para eu não desistir...

Mas, cada dia mais sinto,

como que uma abstinência,

nesse meu ter, sem ter-te,

quer-te, sem te ter...

Entendeu?

Onde está você, que espero?!...

Te penso, te sinto,

não te tenho,

mas quero! ...