CONFIDÊNCIAS

CONFIDÊNCIAS

Se quiser desvendar o meu segredo,

A sete chaves guardado

Terá que descobrir a oitava

A oitava dessa escala

Na oitiva, bem calada

Da noite, na escalada

Na escola

Do presente e do passado

Na escolha

Entre o certo e o errado.

Para decifrar o enigma, então

Terá que correr contra a hora

Contra o tempo, agora, lá fora

Que lhe impinge

E matar por dia o seu leão

Toda a esfinge

Porque senão ela te devora.

Se desejar saber a minha verdade

Deverá buscar nas profundezas

Guarda todas as suas certezas,

E traz apenas o mistério

Em silêncio sepulcral!

Pois no monastério

Também no cemitério

O vazio da voz,

Construído pela calma

É elemento essencial

Para todos nós

Preenchermos a alma.

E possível que encontre.

Em algum lugar, há de ser

No inabitável esconderijo

Onde eu sempre me dirijo

Quando quero me esquecer.

Eu anseio tanto que você descubra

E quando isso acontecer

Vem correndo logo me contar

Com o manto da sabedoria me cubra

Para que o valor da descoberta

Não se evada pela porta aberta

Para que eu possa me encontrar

No meu penar e no seu querer

E depois, te abraçar e te amar

Para, então, voltar a me perder.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 07/03/2019
Código do texto: T6591882
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