O jogo das palavras
Claro
como o sopro do vento
Raro
como o pensamento
concordar com a emoção
Caro
como o sentimento,
que puro,
é toda emoção,
comparo:
todo o momento
que pulo o muro
da paixão,
com o faro
das narinas do tempo,
e o cheiro
que procura o pulmão
Um amparo
para o que tanto tento...
dar mais amor à canção
Anteparo
nada sustentável,
tentativa de ser razoável
na lógica,
sempre tão metódica,
da possível solução
Sou aro
Sou contínuo círculo...
vínculo instável
entre o sim e o não
Declaro
assim a musa,
confissão
com fissão confusa,
que nunca que a separo
do batimento
do coração...
e isso, não,
não é um abrandamento são,
nada de acalento,
pois sustento esse vão,
que entre ela e eu
sempre deparo,
ou no breu
ou na iluminação,
que de peito atento,
assim encaro:
ah, pobre amor que não saro
e é alimento
de solidão
05-03-2019
13h21min