Janela de Zinco
Janela de Zinco
Me nego a sê-lo teu amor a muito;Tenho sangrias!
Enquanto morrendo,vou te amando devagar;
Há uma nota de piano,e uma garrafa de absinto,
Nos olhos,uma ilha,e sua porção do dia,desse abismo!
E meu semblante sai de graça,aos transeuntes,e outros poetas,
Que conhecem,creio,os transtornos do coração,e o ímpeto;
E sinto febre por sê-la e fico enferma,intransferível ao verso;
E ninguém,possui versos livres que divido,ainda úmido do lábio!
E me vou,imensa da janela de trincos e de cor azul cobalto;
E que o amor desgastou de mim,para além da janela aberta,
Por tê-lo amado tantas vezes e com tanta vida e lagares!
Hoje sucede e é um fio de ver,pele compelida a ser doada
Estendida na tua avenida,sendo eu fêmea e de saciar a palavra;
Com pedaços de noite,festa sua e seu corpo,eu,semente,fria!!