Janela de Zinco

Janela de Zinco

Me nego a sê-lo teu amor a muito;Tenho sangrias!

Enquanto morrendo,vou te amando devagar;

Há uma nota de piano,e uma garrafa de absinto,

Nos olhos,uma ilha,e sua porção do dia,desse abismo!

E meu semblante sai de graça,aos transeuntes,e outros poetas,

Que conhecem,creio,os transtornos do coração,e o ímpeto;

E sinto febre por sê-la e fico enferma,intransferível ao verso;

E ninguém,possui versos livres que divido,ainda úmido do lábio!

E me vou,imensa da janela de trincos e de cor azul cobalto;

E que o amor desgastou de mim,para além da janela aberta,

Por tê-lo amado tantas vezes e com tanta vida e lagares!

Hoje sucede e é um fio de ver,pele compelida a ser doada

Estendida na tua avenida,sendo eu fêmea e de saciar a palavra;

Com pedaços de noite,festa sua e seu corpo,eu,semente,fria!!

MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 25/02/2019
Reeditado em 25/02/2019
Código do texto: T6583450
Classificação de conteúdo: seguro