Ao Vento

Leva, impetuoso vento do destino.

Destrua, ingrato punhal, minha felicidade quente e amorosa.

Rouba, minhas memórias melancólicas.

Distorce, meus sentidos.

Posso sentir teu frio, teu calor, tua dor...

Respirar me é estranho agora.

Ofegante, amedrontado e infeliz.

Quem é você que me diz? Me sussurra? Em nuvens me apraz?

Ilusória capa de felicidade.

Guarda-me da tragédia de um novo amor.

Envolva-me em proteção externa.

Que em interna vivência, qualquer ardor já se extinguiu.