ACALANTO DE AMOR
Estranha felicidade domina
As minhas profundas vísceras
Quando, calidamente, murmuro,
Mesmo em meio a hiatos tristes,
As palavras mais sublimes
Latentes dentro de mim:
Meu amor, amo você!
Eterno acalanto da minha alma
No alvor e no manto dos crepúsculos.
Também nas noites insones
Em que o meu olhar tristonho
Se aviva como olhos de caxinguelê.
As palavras fluem livres
Em oração nos luares.
E nos meus sonhos luzentes,
Inocentes, estelares, eu digo,
Sentindo o rito da natureza em festa:
Meu amor, amo você.