As duas faces da mulher
Há poesia nua,quando se é mulher,os corpos retornam,ferem o verso!
Há atavios e palavra curta e grave, destendita do leito de seus amores!
Há vermelho carmim,e ruge e batom,azul-cobalto,há ventre em estado de parto!
Há um vício e um claustro,um andor e ruminado pasto da carne,da pele,
Há uma poesia e um devasso exercício de pedra,outro tanto lá fora!
Há o que se enrola em cetins de ancas e de lençóis,cor carmim,há labio!
Há uma cor em mim,que desanda um composto de palavra a se explicar,
Há o que negar,e permutar,mas cio de duas faces,estes jamais oxidam o verso!!